Os alunos do 2º ano da unidade Aclimação aprenderam sobre a linguagem escrita de uma maneira diferente, divertida e real. Eles reescreveram a fábula “A Lebre e a Tartaruga” e criaram a própria moral da história com base em suas percepções e pelas situações de repertório deste tipo de gênero literário.

O projeto foi realizado nas aulas do contra período pela professora Yara Fernanda Lourenço, com coordenação de Léia Costa. “O projeto teve como finalidade abordar a linguagem escrita levando em conta o propósito do texto, seus potenciais leitores e o gênero ‘fábula’, já trabalhado com esses alunos em sala de aula”, explica a professora.
“Por meio da reescrita de uma fábula familiar às crianças, fizemos com que elas se apropriassem da linguagem escrita e do sistema alfabético, além de torná-las cada vez mais autônomas para planejar, escrever e revisar seus futuros textos”, completa Yara.

As crianças leram a fábula original em conjunto e conversaram sobre o enredo da história, os personagens e o ambiente. Em seguida, ditando o texto à professora, escreveram a história aprimorando questões como pontuação, paragrafação, verbo e sinônimos. Os textos foram lapidados pelos próprios alunos até adquirirem a estrutura do gênero ‘fábula’ de maneira clara e compreensível.
“O mais potente deste projeto é que as crianças sabiam que a reescrita seria publicada no Blog do Pueri. Isso os motivou muito, além de os aproximar das práticas de escrita que ocorrem fora do âmbito escolar, em que o escritor conta com um leitor, ou seja, o texto tem um destinatário”, conta Léia.
Veja como ficaram as versões das crianças:
A lebre e a tartaruga
Por Sophia Rodrigues e Rafael Garcia
Era uma vez uma lebre e ela viu uma tartaruga quando esse bicho lento estava andando devagar para a casa. No caminho a lebre estava caçoando da tartaruga, e ela falou:
– Você não pode ir mais rápido?
A raposa disse.
– Ela pode ir mais rápido.
A lebre perguntou.
– Vamos apostar uma corrida?
A tartaruga respondeu.
– Eu topo, lebre!
A raposa falou.
– Um, dois, três eeeeeee já!
A lebre correndo que nem o vento e a tartaruga saiu devagar como uma tartaruga. A lebre parou para tirar uma soneca, a tartaruga continuou. Quando ela viu a preguiçosa dormindo falou.
– Melhor não acordá-la.
Então uma mosca chegou voando no focinho da lebre. E ela acordou e lembrou da corrida. Correu como um vento, chegou no rio e já viu a tartaruga bebendo água. A lebre saiu de fininho, pensando na corrida que ela perdeu.
Moral: Velocidade não é tudo. Tem outros jeitos de ganhar.
A lebre e a tartaruga
Por Ana Clara Benassi, Bianca Roncio e Samuel Ramos
Num belo dia, os serelepes estavam brincando nas árvores. E a lebre perguntou para a tartaruga.
– Você tem alguma novidade?
– Não. Não tenho nenhuma.
– A lebre tinha uma novidade. E ela perguntou assim:
– Vamos fazer uma corrida?
A tartaruga perguntou:
– Com todos os animais da floresta?
A lebre falou:
– Não só com nós duas.
A tartaruga disse:
– Está bem.
A lebre falou para a raposa:
– A gente vai fazer uma corrida, eu e a tartaruga. Você pode dar o sinal?
E a raposa deu a partida no dia seguinte às cinco da manhã. A lebre estava correndo muito rápido e a tartaruga não viu ela. Mas a lebre de tanto correr, dormiu. A tartaruga passou o animal que estava dormindo e falou assim:
– Melhor não acordá-la.
A tartaruga ganhou a corrida.
Moral (por Samuel): Quem corre rápido fica mais cansado. Tem outros jeitos de ganhar.
Moral (por Ana Clara): Não importa ganhar, o importante é se divertir.
